A história da disputa judicial das cinco crianças de Monte Santo, no nordeste baiano, que foram notícia nacional por um suposto caso de tráfico de pessoas, chega ao fim com a declaração da mãe biológica, de querer devolver os filhos as famílias adotivas no interior de São Paulo. De acordo com o UOL Notícias, a mãe, Silvânia Maria Mota da Silva, declarou que não tem condições de criar os filhos, e diz que eles serão mais felizes em São Paulo. "Aqui [na Bahia] eles nunca terão as chances que terão em São Paulo", explicou a mãe. Silvânia ainda levou em conta a vontade dos filhos, que sempre pediram para voltar. “Eu nunca devia ter tirado eles dos pais adotivos. Mas fui influenciada por muita gente”, disse, se referindo a familiares e advogado. No último dia 2 de outubro, Silvânia foi pessoalmente até Indaiatuba para entregar um de seus filhos, que agora tem cinco anos, a um dos pais adotivos. Ela assinou um documento para autorizar a permanência da criança na cidade a contratou um advogado para representá-la. Ela já entregou duas crianças aos adotantes. As cinco crianças haviam sido adotadas por quatro famílias de São Paulo. Ela diz que a devolução foi a melhor coisa que ela fez.
Agora, faltam levar três menores. A primeira a ser devolvida foi uma menina que hoje tem quatro anos. Ela voltou para São Paulo em junho deste ano. A guarda provisória das crianças foi deferida para as famílias em junho de 2011, através do juiz Vitor Bizerra, de Monte Santo. Ele disse que as crianças era negligenciados pelos pais biológicos e estavam em situação de risco. Bizerra foi transferido para outra cidade. Após a decisão, Silvânia alegou que os filhos foram retirados de casa à revelia. Em outubro de 2012, o programa Fantástico, da Rede Globo, denunciou o caso, e indicou tráfico de crianças. Logo depois, o juiz Luis Roberto Cappio foi designado para atuar na cidade. Na época, ele disse que não havia indícios de tráfico de pessoas. Os envolvidos chegaram a prestar depoimento na CPI da Câmara e Senado sobre tráfico de pessoas. Ainda em 2012, Cappio determinou o retorno das crianças para cidade. Em maio deste ano, os desembargadores da 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) anularam a sentença de Cappio para o retorno das crianças para Monte Santo. Ao UOL, a mãe adotiva de uma das crianças, Débora Brabo Melecardi, disse que a criança já retomou sua rotina normal e nem fala sobre os dias que passou na Bahia. "A impressão que eu tenho é que na cabeça dele, ele estava passando férias lá. É como se ele nunca tivesse saído daqui. Ele está muito feliz e nós mais ainda".
0 Comentários
ATENÇÃO: SEU COMENTÁRIO SÓ SERÁ APROVADO DEPOIS QUE A NOSSA EQUIPE ANALISAR SE VOCÊ SEGUIU AS REGRAS DO SITE.
ABAIXO TEMOS AS REGRAS PARA VOCÊ PODER COMENTAR EM NOSSO SITE:
>>>Não serão aceitos comentários que:<<<
-Configurem crime de calúnia, injúria ou difamação;
Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro.
Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.
É qualquer ofensa à dignidade de alguém. Na injúria, ao contrário da calúnia ou difamação, não se atribui um fato, mas uma opinião. O uso de palavras fortes como "ladrão", "idiota", "corrupto" e expressões de baixo calão em geral representam crime. A injúria pode fazer com que a pena seja ainda maior caso seja praticada com elementos referentes a raça, cor, etnia, religião ou origem.
Exemplo: Um comentário onde o autor diga que fulano é ladrão, corrupto, burro, salafrário e por ai vai...
-Sejam agressivos ou ofensivos, mesmo que de um comentarista para outro; ou contenham palavrões, insultos;
-Não tenham relação com a nota publicada pelo Site.
Atenção: Só serão disponibilizados no site os comentários que respeitarem as regras acima expostas.