Apontado pelo delegado Geovan Passos como o mentor do homicídio do ex-candidato a prefeito de Paripiranga, o procurador do município localizado a 360 Km da capital baiana, Alexandre Magno Rodrigues de Oliveira, acompanhado pelo advogado de defesa, Caio Graco Pires, foi à redação do Bocão News, na noite desta sexta-feira (22), para se defender. Além de jurar inocência, criticou a postura do responsável pelas investigações e o que considera "falta de embasamento" para a conclusão da apuração. O suspeito de ser o responsável intelectual pelo crime prometeu entrar com uma representação na Corregedoria da Polícia Civil e uma ação cível contra o delegado.
O procurador Alexandre Magno (E) e o advogado de defesa (D)
"As alegações são completamente irresponsáveis, sem qualquer substrato probatório. Os depoimentos de todas as testemunhas, absolutamente, não demonstram qualquer envolvimento meu com o que aconteceu. Não tem o menor sentido", afirmou o procurador Alexandre Magno Oliveira.
O acusado e a defesa argumentam que o delegado não tem competência para encabeçar as investigações. "Ele teria que fazer um requerimento ao Tribunal de Justiça, que deveria ser deferido para que ele pudesse começar as apurações. Na verdade, a quantidade de informações veiculadas pelo próprio delegado na mídia, demonstra o despreparo técnico de se trazer informações que deveriam ser sigilosas à população, sem, sequer, ter finalizado o inquérito", contestou o advogado Caio Graco Pires.
No último dia 2 de maio, o médico José Carlos Bezerra Carvalho, mais conhecido como "Dr. Zé Carlos", de 49 anos, foi assassinado a tiros no município de Paripiranga. O médico, que era membro do Partido dos Trabalhadores (PT), foi candidato a prefeito da cidade nas duas últimas eleições contra o atual gestor municipal, George Bandeira (PSD).
Após investigações policais, Geovan Passos afirmou em duas emissoras locais de rádio que o médico foi assassinado a mando do procurador Alexandre Magno Rodrigues de Oliveira, braço direito do prefeito. Ainda de acordo com o delegado, o executor do crime foi um homem identificado como Leonardo Fraga de Baranhos. Zé Carlos foi morto em frente à academia que frequentava, um dia depois da data de comemoração dos 124 anos de emancipação política do município. Dr. Zé Carlos (esquerda) e prefeito George Bandeira (PSD)
Há suspeitas que a motivação do crime seria uma possível disputa pela prefeitura nas eleições do próximo ano, entre o procurador Alexandre Magno e o médico Zé Carlos, que tentaria a gestão de Paripiranga pela terceira vez consecutiva se não fosse assassinado.
Em 2013, Alexandre Magno chegou a ser apontado como o mandante de uma agressão contra vereadores do Partido Republicano da Ordem Social (PROS), da base aliada do prefeito George.
0 Comentários
ATENÇÃO: SEU COMENTÁRIO SÓ SERÁ APROVADO DEPOIS QUE A NOSSA EQUIPE ANALISAR SE VOCÊ SEGUIU AS REGRAS DO SITE.
ABAIXO TEMOS AS REGRAS PARA VOCÊ PODER COMENTAR EM NOSSO SITE:
>>>Não serão aceitos comentários que:<<<
-Configurem crime de calúnia, injúria ou difamação;
Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro.
Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.
É qualquer ofensa à dignidade de alguém. Na injúria, ao contrário da calúnia ou difamação, não se atribui um fato, mas uma opinião. O uso de palavras fortes como "ladrão", "idiota", "corrupto" e expressões de baixo calão em geral representam crime. A injúria pode fazer com que a pena seja ainda maior caso seja praticada com elementos referentes a raça, cor, etnia, religião ou origem.
Exemplo: Um comentário onde o autor diga que fulano é ladrão, corrupto, burro, salafrário e por ai vai...
-Sejam agressivos ou ofensivos, mesmo que de um comentarista para outro; ou contenham palavrões, insultos;
-Não tenham relação com a nota publicada pelo Site.
Atenção: Só serão disponibilizados no site os comentários que respeitarem as regras acima expostas.