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PASSOU POR TUCANO E EUCLIDES DA CUNHA: JN viaja por trecho da BR-116 entre BA e CE e analisa condições da via


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Caminho foi recomendado pelo DNIT e deverá ser usado para transporte entre cidades que vão sediar a Copa do Mundo.

Nesta semana, o Jornal Nacional está apresentando as estradas da Copa do Mundo. A nossa equipe viajou para as cidades onde a Seleção vai jogar na primeira fase. O caminho foi recomendado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, o DNIT.

Na segunda-feira (17), os repórteres Paulo Renato Soares e Alex Carvalho foram de São Paulo até Minas, na divisa com a Bahia. Nesta terça, a equipe continua a viagem, até o Ceará .

Nos primeiros quilômetros da BR-116, na Bahia , a viagem anda e para. Primeiro, o motivo é um caminhão quebrado em uma ponte. Depois, o congestionamento é por causa das obras de recapeamento.

"Está parando, mas pelo menos está reformando a pista. Melhor do que estar com a pista toda esburacada”, comenta o caminhoneiro Hilário José dos Santos.

Da divisa com Minas até Feira de Santana , a rodovia é privatizada e está em boas condições. Depois de passar por Jequié, damos de frente com a imprudência.

Isso não aconteceria em um longo trecho da estrada que já está duplicado, mas que ainda não foi liberado para os motoristas. Segundo a concessionária, falta a autorização da ANTT . A agência que fiscaliza o setor diz que o projeto ainda precisa de ajustes.

"Estou com um caminhão aí que teve pneu que rasgou”, diz o motorista Luciano Araújo.

Em Feira de Santana, fim do trecho privatizado, começo da nossa viagem de ônibus. Embarcamos na rodoviária da cidade para acompanhar um pouco dos que os passageiros passam.

Apenas duas empresas fazem a linha São Paulo, onde a Seleção joga a primeira partida da Copa, e Fortaleza , local do segundo jogo. São pelo menos 29 paradas pelo caminho, 50 horas de viagem.

O cinto de segurança está lá, mas ninguém usa. O motorista também não costuma se importar com a sinalização. Ele faz ultrapassagens proibidas. O casal de turistas franceses nem percebe.

Maureen, fotógrafa, e Arthur, professor, viajavam pelo Brasil de ônibus para economizar. Eles acharam difícil se comunicar, mas estavam satisfeitos com a estrutura que encontraram na beira da estrada, apesar de o cardápio ter outros sabores.

“O pessoal que vem lá do Sul quer comer a carne de bode”, diz a dona do restaurante.

“É uma carne sadia. Para a gente que dirige é muito bom”, avalia o caminhoneiro.

Já no minúsculo Terminal Rodoviário de Tucano a oferta não é tão variada. O que dona Rita Conceição tem de sobra é a simpatia.

Jornal Nacional: Aqui não tem aquela coxinha de rodoviária que todo mundo fala, não?
Rita Conceição: Daquela dormida? A não sei quantos dias? Não! Aqui é feita toda hora, todo dia! Café, leite, tudo novinho. E ainda tem outra coisa que eu lhe digo: tem um chazinho que se você tiver doente, meu filho, sente dez minutos ali que vou botar você sãozinho.

Para os turistas que seguiam nesse ônibus fretado a viagem não tinha nada de divertido. “Quebrou esta noite. Eram onze horas mais ou menos. Passamos a noite aqui no ônibus”, diz uma mulher.

A parte debaixo do ônibus bateu no quebra-molas deformado e o óleo do motor vazou. Estavam há 12 horas esperando pelo mecânico.

“Aqui a gente tem que rezar para dar a sorte de vir e passar lisinho em tudo para ir afora para poder chegar feliz em casa”, declara José Machado, motorista de ônibus.

A nossa viagem de ônibus terminou bem, em Euclides da Cunha , ainda na Bahia. No dia seguinte, voltamos à estrada de carro.

Ao passar pelo município de Chorrochó , vimos o único grande buraco em um trecho da viagem. E lá perto, o estrago que ele tem causado.

“Essa BR-116 é boa. Só o buraco que estragou”, opina um motorista.

Depois de cruzar a ponte sobre o Rio São Francisco, entramos em Pernambuco . A BR lá tem grandes retões o tempo todo. O asfalto é bom. O perigo são animais na pista.

Quanto mais o motorista avança pela BR-116, em direção a Fortaleza, mais atento ele precisa ficar. As paradas que ele pretende fazer, o número de restaurantes, postos de gasolina e lanchonetes diminui bastante na beira da estrada. A equipe do Jornal Nacional tem rodado longos percursos sem encontrar nada pelo caminho.

A não ser seu Chico, que passa devagar todos os dias pela BR.

Jornal Nacional: E não tem perigo passar aqui?
Chico: Tem, não. Tendo cuidado não tem não. Nasci e me criei aqui na região.
Jornal Nacional: Quando o caminhão passa assim não dá medo não?
Chico: Não, dá não.

E buzina para qualquer perigo na estrada. Na reta final, a pista está duplicada. Ao entrar em Fortaleza já é possível ver as placas para a Arena Castelão. Da BR até o estádio são 3 km. Para quem vai de ônibus, a parada é na região central da cidade.

Na rodoviária, a equipe encontrou o pessoal chegando de São Paulo, depois de dois dias inteiros na estrada.

Jornal Nacional: Agora chega. Já dá para fazer alguma coisa ou tem que ir para casa descansar?
Homem: Não. Vou para casa descansar, estou cansado demais.

Cansaço que os cearenses fazem desaparecer em poucos acordes.

G1

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