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O MISTERIOSO CASO DAS LIXEIRAS DA PRAÇA

“O trabalho enobrece o homem”, mas não tem nada melhor que tirar uns dias de férias para curtir o que Sócrates chamava de “ócio produtivo”. É nesses dias de ócio que descobrimos o prazer das pequenas coisas e filosofamos sobre coisas que normalmente não temos tempo para pensar. A princípio, os leitores podem não achar que esse não é um assunto sério, mas é nos pequenos acontecimentos que percebemos os grandes fatos. Quando vemos a imagem de um iceberg, o que está à tona é apenas dez por cento do que as águas escondem.
Uma coisa que anda me intrigando é o misterioso sumiço das lixeiras do parque infantil da Praça Juracy Magalhães. Quando foi inaugurado, o parque contava com dois conjuntos de lixeiras, cada um com três contêineres; uma quantidade um pouco excessiva, uma vez que o restante da praça carece de lixeiras. No entanto, um dos conjuntos está devidamente instalado, com seus pedestais fincados, suas tampas no lugar, mas as lixeiras simplesmente desapareceram.
Pus-me a perguntar que tipo de pessoa subtrairia uma lixeira da praça, e três, convenhamos, é um exagero! Pensei na ação de vândalos, que infelizmente depredam nosso patrimônio público. Talvez elas tivessem sido levadas para a manutenção... ou um disco voador as tivesse achado bonitas e as levado para Marte. Por falar em patrimônio público, descobri que a estátua que decorava a entrada do Radium Hotel, aquela de uma moça segurando uma tocha, ao lado de uma roda, foi dada de presente a um cidadão de Itabuna. Será que ele também foi presenteado com as lixeiras do parque? Por que alguns se apropriam de bens públicos como se fossem particulares?
Só para esclarecer, O Patrimonialismo é a característica de uma administração que não possui distinções entre os limites do público e os limites do privado e o Vandalismo é uma ação motivada pela hostilidade contra a arte, a cultura, ou destruição intencional de bens e propriedades alheios, sejam estes públicos ou privados.
Por falar em lixeiras, gostaria de parabenizar os responsáveis pelo estabelecimento de horários para a coleta de lixo, sob pena de multa para aqueles que não cumprirem-lo. Precisamos nos educar e cuidar melhor da nossa cidade. Contudo, o poder público precisa estudar melhor o impacto ambiental causado pelo lixo de nossa cidade e, se possível, aliar-se às prefeituras vizinhas para a construção de um aterro sanitário adequado à legislação ambiental. Ainda precisamos melhorar muito também no atendimento ao turista, nos serviços de atendimento de bares e restaurantes e na variedade de produtos oferecidos. Precisamos retomar nossa tradição de cidade turística e explorar melhor os recursos que a Natureza tão generosamente nos presenteou: nossas águas termais. Espero que a equipe do governo cipoense invista com sapiência os recursos conquistados junto ao Governo Federal para que tenhamos uma cidade cada vez mais digna e acolhedora.
Voltando a elas, prefiro não acreditar que o sumiço das lixeiras se deu por intervenção de algum funcionário patrimonialista e sim pela ação de vândalos ou de pessoas mal intencionadas.
O que ou quem estará por trás disso? Será que o sumiço das lixeiras é apenas a ponta do iceberg?
Enquanto isso, o mistério das lixeiras da praça continua...
Imagem: Arquivo pessoal / Matéria: Niclécia Gama / Postagem: Salvo Horley

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4 Comentários

  1. Niclecia, mais uma vez voce escreveu sobre uma coisa séria de uma forma brilhante, leve, mas que nos leva a refletir sobre coisas importantes. Até quando as pessoas vão tratar as coisas públicas como se fossem particulares? Boa matéria, minha colega e um abração.

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  2. Olá, Niclécia, tudo bem? Há quanto tempo não conversamos... Parabéns pela matéria. Achei ótima. Vejo que pode escrever para qualquer jornal. Continue assim e chegará onde pretende. Só acho que os "manda-chuva" de Cipó devem estar furiosos. Forte abraço.

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  3. Poís é...acho que estamos doando as coisas públicas...(ou particular?kkkk)faltar de vergonha.
    Fico revoltada com essas coisas.

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  4. Governantes cipoenses, estamos de olho; boa materia, Niclécia.Continue escrevendo e nao se importe com as criticas que possam existir. Quem está na chuva é pra se molhar e já vi no seu blog que vc nao tem medo de chuva nem de tempestade, pequena guerreira!

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