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PAIS E FILHOS: UMA RELAÇÃO COM LIMITES

Lendo um dos comentários sobre uma de minhas matérias, deparei com uma observação interessante de um leitor, não acerca da relação pais e filhos, mas comparando-a com o cenário político atual. No entanto, não gostaria de retornar a esse assunto nesse momento. Não faltará oportunidade para isso, já que a política é um assunto sempre interessante. Assim, proponho uma reflexão sobre o papel dos pais na sociedade atual.
Até o início de século XX não havia uma preocupação da sociedade em relação às crianças ou aos seus direitos. Era comum, na era industrial, a contratação de crianças por salários até dez vezes mais baixos que de um adulto, com a mesma carga horária, que ocupava cerca de dezesseis horas por dia. Ainda hoje, as crianças trabalham. Na China, por exemplo, são elas, com suas mãos pequeninas, que manipulam pequenos circuitos de computadores e celulares que todos nós utilizamos. Não havia espaço para o lazer ou a educação, com exceção das crianças das classes abastadas, que proporcionavam estudo aos seus rebentos para garantir a consolidação das fortunas.
Com a chegada da modernidade, marcada pelos avanços da tecnologia, a inserção da mulher no mercado de trabalho, os filhos hoje são educados principalmente pela televisão, pelo computador e pelos jogos eletrônicos e, devido à ausência constante por causa do trabalho, um grande número de pais tem cedido às exigências dos filhos, transformando-os em pequenos tiranos. Hoje, os pais tem receio de dizer NÃO aos filhos por medo de perder seu amor, gerando no seio da família situações de permissividade.
Os pais tinham o direito de punir seus filhos da maneira que bem lhes aprouvesse, as vezes com castigos e violência física, que deixavam marcas não somente no corpo, mas na alma, estas, infinitamente mais prejudiciais. A ideia da proteção à infância é muito recente. É uma das marcas do pensamento moderno, que trouxe também a liberdade exagerada, a falta de limites entre o sim e o não. Para algumas correntes da psicologia, dizer não à uma criança pode traumatizá-la. Tentem justificar à criança de um ano o porque dela não enfiar o dedinho em uma tomada... Ou deveríamos deixá-la tomar o choque? Qual o trauma maior?
Alguns psicólogos defendem a idéia de que é preciso justificar o não. Outros profissionais do meio, inclusive eu, defendem a idéia de que nem toda atitude dos pais deve ser justificada, pois o adulto é o responsável pelo menor. Às vezes, não é não mesmo, e acabou! Amar também é dizer um não na hora certa e estabelecer limites, pois as crianças precisam deles para desenvolver suas potencialidades.
Materia: Niclécia Gama / Postagem: Flávio Leone

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