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TRAGÉDIAS ANUNCIADAS

Acordei com um céu escuro, carregado com grossas nuvens de chuvas. Enquanto me arrumo para ir ao trabalho, penso nos milhares de desabrigados pela chuva. Pessoas trabalham a vida inteira para construir um sonho e, de uma hora para outra, vêem tudo desmoronar.
Depois da tragédia acontecida, os responsáveis pelas secretarias de Ação Social e Defesa Civil, aparecem na televisão justificando que não sabiam das ocupações irregulares em áreas de risco. Incrível como a pobreza é invisível aos olhos das autoridades!
As chuvas que atingiram o Rio de Janeiro chegam agora à Bahia e a situação aqui não é diferente. A cidade de Salvador cresce sem planejamento urbano. Ocupações irregulares aparecem diariamente, não somente nas periferias, mas também em terrenos de áreas “nobres”. Também temos morros, favelas, encostas, embora o baiano insista em chamá-las de “comunidades”. Pois bem, Salvador é um aglomerado de comunidades, por isso, em qualquer direção que o turista entre ou saia da cidade, é recebido por elas. Casebres apinhados em cima de morros, sem reboco ou pintura, sorriem para o turista para mostrar os bolsões de miséria que as agências de turismo negam existir. Lá fora, vendemos as belas praias, o Pelourinho, as belas mulheres. Somos para o mundo, um país de bundas morenas.
Em época de corrida eleitoral, não faltarão candidatos a deputados e governadores criticando uns aos outros, posando de bonzinhos, prestando falsas assistências, para arrebanhar o povo a seus “currais eleitorais”.
Os políticos brasileiros fazem das tragédias urbanas a força motriz de suas campanhas. É uma pena que em meio ao descaso das autoridades, existem uns poucos realmente preocupados com os interesses da população.
Se sabem dos riscos que a população corre, por que os governos não pensam em políticas públicas que possam atender às demandas sociais de moradia, educação e saúde? Depois das tragédias consolidadas é que se tomam atitudes que deveriam ser preventivas, como o “aluguel social” e a construção de casas populares para relocar a população, usando as verbas do PAC, que, como todos sabemos, será o mote para a corrida presidencial.
Só nos resta, mais uma vez, pedir a proteção divina!

Matéria: Niclécia Gama / Postagem: Fabrício Martins

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3 Comentários

  1. Ótima matéria, Niclécia! Muito legal que o site de Arildo abra espaço para reflexões aprofundadas sobre as questões sociais, educacionais, etc. Vemos todas essas coisas acontecendo, e é cruel o sofrimento das pessoas. Triste também ver como se aproveitam disso os políticos... Que incrivelmente só aparacem nos anos eleitorais. E as pessoas ainda caem nas suas armadilhas, de se fazerem preocupados. Abraços!

    Profa. Daiane Oliveira

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  2. Menina, eu acho que você é uma bruxinha disfarçada, no sentido carinhoso, é claro. Em Salvador as chuvas foram mesmo fortes e, infelizmente tiveram chuvas e deslizamentos. Aida bem que esses dias fez sol. Gosto muito de ler suas materias e seus textos do zoinhocuriando.

    Mara

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  3. Nick vc me surpreendeu com seus textos, parabéns!
    Quem dera que todas as pessoas tivessem uma visão tão critica.
    Lembro de que ainda menina já demonstravas que viestes para ser/fazer diferença.
    Vou salvar este site para poder ler sempre e saber como anda Cipó e região, onde fui muito feliz no inicio dos anos 90.
    Ivani Piratuba SC

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